Luzern, Zurich, o leão e os cisnes
Minha prima falou que ia tirar uma folga durante a semana para me levar em Luzern, me deu umas brochuras e mapas, marcamos o dia!
A ideia inicial era fazer um passeio nas montanhas num trenzinho. Ver um pouco de neve. Chegamos lá e fomos descobrir como era, quanto era e tudo mais. Como era verão, não tinha muitos passeios, provavelmente não veríamos neve e o passeio que subia o monte Pilatus, passava pelo rio e sei lá mais o quê, durava mais quatro horas e era muito caro (não lembro direito, mas era por volta de 100 francos suíços). Minha prima disse que o que ela fez era mais rápido e mais barato… Então imagino que ela fez o Silver Round Trip, e o que estavam nos oferecendo era o Golden Round Trip.
DICA: acho que eu já tinha falado que turismo na Suíça não é muito barato, então quando for pra lá, veja as coisas com antecendência para conseguir os melhores preços e vá com dinheiro para essa coisas.
Além do passeio para o monte Pilatus, tem o do monte Rigi, que assim como o Pilatus faz parte dos Alpes Suíços. Ele é menos conhecido, mas parece que também vale a pena!
Turismo
Como ela tinha um mapa com pontos turísticos, resolvemos seguir esse mapa e conhecer um pouco da cidade.
Começamos exatemente pelo começo, a Ponte da Capela. Uma enorme ponte coberta (204m), que é considerada a ponte coberta mais antiga da Europa, construída na metade do século 14. Além de todas essas particularidades, ela ainda é famosa por duas outras coisas: as pinturas no seu interior, datam do século 17, e o incêndio, que em 1993 destruiu parte da ponte e das pinturas (a ponte foi reconstruída, e as pinturas, até onde foi possível, também).
Na ponte tem um grande torre, que não é uma capela, que é ainda um pouco mais antiga que a ponte. Ok, até onde eu consegui me informar, o nome da ponte é por causa de uma capela que fica perto. A torre de água tem esse nome porque fica na água, já foi usada para muitos propósitos, de torre de defesa e observação a arquivo municipal, passando por prisão e camara de tortura!
Atravessamos a ponte da capela pela entrada na Bahnhofstrass, onde fica a Igreja Jesuíta (e atrás dela a igreja Franciscana do século 13) e os lugares que vendem passeios para o monte Pilatus e pelo Rio Luzern, até a saída na Rathausquai, onde tem muitos restaurantes à margem do Rio Reuss.
Atrás da Rathausquai, tem a parte antiga da cidade, com três praças importantes. Primeiro a Kornmarkt, onde possivelmente funcionava um mercado de grãos, e onde atualmente fica a Câmara Municipal (o Rathaus). Seguindo vem a weinmarkt (o mercado de vinho), uma praça histórica que existe no mínimo desde o século 13. E um pouco mais acima temos a Hirschenplatz, que ganhou esse nome em algum momento da idade média por conta de uma hospedaria que ficava ali.
Essa parte da cidade tem muitas caracteristicas, é uma parte bem turística, ou seja, além das construções antigas, tem um monte de lojas de marcas famosas. Os prédios são ricamente desenhados e na ruas, carros não podem passar, embora sempre tenha alguns estacionados.
As muralhas
A parte boa de fazer esse caminho, é que você conhece pontos turísticos e já vai subindo em direção às muralhas da cidade. A Museggmauer (ou muralha de Musegg) é da mesma época que a ponte da capela, e com um finalidade parecida: proteger a cidade. Das suas nove torres originais, oito ainda estão intactas e quatro dela são abertas a visitação. Ou seja, a muralha e sua torres estão quase totalmente conservadas desde sua construção, no século 13.
Para chegar é simples, é só ir subindo a partir da Hirschenplatz até a Museggstrasse. Não fui até as torres, e deixei que a muralha chegasse até mim – uma parte dela cruza a Museggstrasse.
Continuamos até o fim da rua, quando se chega numa avenida bem movimentada. E dali, já é possível ver do outro lado da avenida outros pontos turísticos de Luzern.
O leão
Chegando na Löwenplatz, que é a praça do leão, você já pode ter certeza que está no caminho para o Monumento do Leão. Nessa praça tem dois lugares interessantes, o Panorama Bourbaki e o restaurate Old Swiss House (que por dentro e por fora vai te fazer acreditar que voltou para a Suíça antiga e glamorosa).
O Panorama é particularmente diferente do que estamos acostumados a ver. Ele não vai te dar uma vista da Luzern atual, mas uma pintura feita em 1881 que conta um episódio da história da guerra franco-prussiana de 1870-71. O complexo, hoje é um centro cultural com lojas, cinemas, restaurantes…
Antes de achar o leão, você também pode visitar o Museu Alpino e fazer uma visita 3D pelos alpes suíços.
Da praça até o monumento do leão vão ter placas, lojas de souvenires e turistas. Não tem como errar. O enorme leão moribundo escavado na pedra, é uma homenagens aos guardas suíços que morreram no massacre (e em decorrência dele) do Palácio de Tuileries, durante a Revolução Francesa.
Visto tudo isso, voltamos para a Rathausquai para almoçar no restaurante do Hotel des Alpes. Comida ótima, engordativa e típica da região. E uma garçonete poliglota muito simpática!
Eu não fui, mas durante a minha pesquisa encontreio o Jardim Glacial (Glacier Garden). Pelo que eu entendi tem um jardim, tem um museu sobre a era do gelo, tem um labirinto de espelhos. Pelo que eu entendi deve ser bem legal e bonito!
Zürich
Como a gente ainda tinha tempo, fomos rapidinho à Zürich. E ai, enfim, eu vi uma metrópole agitada! =)
Chegamos e deixamos o carro no estacionamento do teatro, o Zürich Opera House. O estacionamento é subterrâneo, em cima, é uma praça, tem o Collana Café, chafariz daqueles que a água sai do chão – igual, mas menor, ao dos dançarinos de Bern.

Não dá pra ver muito bem, mas tem cinco bustos lá em cima: Friedrich von Schiller, Carl von Weber, Amadeus Mozart, Richard Wagner e Wolfgang von Goethe.
Fomos seguindo o Rio Limmat, vendo pessoas e cisnes agindo como se não estivessem na cidade mais populosa da Suiça, e uma das mais influentes do mundo. Tem a avenida, você sabe que está numa grande cidade. Mas o ritmo é tranquilo.
Até que você atravessa o rio e vai para a Bahnhofstrasse, uma avenida enorme em seu comprimento e onde ficam as lojas, os escritórios, os bancos e tudo o mais de famoso e importante. E como o nome sugere, que vai te fazer chegar a uma estação, nesse caso a de trem.
A estação central de Zürich (Hauptbahnhof ou Zürich HB) é a maior estação de trem do país, e não é à toa que o fluxo por lá é bem intenso!
Depois fizemos umas comprinhas, tomamos café e fomos embora. Zürich tem um monte de coisas para oferecer… depois que eu voltar lá, conto pra vocês!
Minha experiência
Mais uma vez, o que me deixa muito encantada a é capacidade da Suiça de ser modena preservando o antigo. E preservando muito bem! O antigo e o novo se integram e coexistem de uma forma linda e única. O valor a histório e o respeito com o passado é incrivel. E quando eu penso no Brasil, me entristece ver como nosso prédios históricos e bairros antigos ficam, em geral, tão degradados. Eles sabem tranformar a história em turísmo, nós deveríamos aprender.
Eu achei a Suíça uma graça. Até certa parte achei tudo meio parecido, mas é tudo tão bonito, tão limpo, tão simpático e é tão legal estar em um lugar tão moderno e ainda ter o que havia de bom na idade média. Nem sei explicar!
Minha viagem pela Suíça acabou, agora é França. Mas fica o gostinho de quero mais!
Dicas de Viagem:
- Site da cidade de Luzern: http://www.luzern.com/en/sightseeing-tours/sightseeing?pn=1
- Para saber dos tipos de passeio são oferecidos e os preços para subir o monte Pilatus : http://www.pilatus.ch/en/railway-cableways/
- Site oficial do Bourbaki Panorama: http://www.bourbakipanorama.ch/en/
- Site oficial do Museu Alpino: http://www.alpineum.ch/
- Site oficial do Glacier Garden: http://www.gletschergarten.ch/Natur-und-Poesie-mitten-in-der.10.0.html?&L=2
- Hotel des Alpes: http://www.desalpes-luzern.ch/en/index.php?section=gallery&cid=1
- Teatro de Zürich: http://www.opernhaus.ch/en/
- Boutique Hotel Château Gütsch: http://www.chateau-guetsch.ch/home
Algumas infomações sobre Luzern: Em portugues não tem muita coisa no wikipédia.
Algumas informações sobre Zürich:
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