Festa das Cerejeiras
Evento anual que marca a florada das cerejeiras, tradicional da cultura japonesa, o Parque do Carmo recebe visitantes com muita comida típica e um espetáculo natural para deixar adultos e crianças felizes.

Conheça o Parque do Carmo.
“O Parque Natural Municipal Fazenda do Carmo (PNMFC) foi criado em 12 de junho de 2003 com o nome de Parque Natural Municipal do Carmo, por meio do Decreto Municipal nº 43.329, totalizando uma área de 3.958.667,70m². Em 2008 foi ampliado sob o Decreto n° 50.201, quando passou a abranger uma área de 4.497.800,00m² e teve seu nome alterado para Parque Natural Municipal Fazenda do Carmo, a fim de diferenciá-lo do já existente, Parque do Carmo (Parque Urbano).” Fonte: Prefeitura de São Paulo.
E olha que só fiquei sabendo disso agora. Para mim era só o Parque do Carmo, que eu frequento desde criança e que soube, anos atrás, que em julho tinha a Festa das Cerejeiras.

Fauna e flora. São Paulo precisa muito de áreas verdes.
O Parque do Carmo é um dos poucos parques da Zona Leste de São Paulo. E após saber de suas medidas, imagino que só deve perder em área para o complexo de parques da Zona Sul que abrange o Simba Safári, o Jardim Zoológico de São Paulo e o Jardim Botânico de São Paulo.
O Parque do Carmo era aquele parque distante, pouco conhecido e pouco frequentado quando eu era criança. Mas foi crescendo em importância junto com a cidade de São Paulo. A população aumenta e a necessidade por lazer e áreas verdes só aumenta.

Uma das casas de administração regional.
Para quem não conhece, a imigração japonesa na região se deu por conta da área verde no que já foi o extremo da Zona Leste. Havia ali um cinturão verde de fazendas e chácaras produtoras de frutas, hortaliças e legumes. A região tem uma numerosa colônia japonesa e o Festival das Cerejeiras, chamado Sakura, está em sua 37ª edição.
Mais sobre o Parque do Carmo

A árvore na colina. Logo mais chega a primavera e você verá como este parque fica lindo.
Antiga fazenda, e como descobrimos acima, vem sendo cuidado e ampliado, o Parque do Carmo está aos poucos se tornando uma reserva de plantas e animais no meio de São Paulo. Tenho que dizer meio porque a cidade aumentou muito nos últimos 30 anos, e o que era a beirada acabou ficando em algum lugar no meio da cidade, considerando a Zona Leste estendida.

Bolas coloridas, brinquedos, parque, área verde. É o sonho de toda criança.
No Parque do Carmo o visitante encontrará os aparelhos de ginástica, lagos, animais silvestres, exemplos de mata preservada, várias espécies de plantas, espaço para caminhada e corrida, bicicletários, parquinhos para as crianças, campos de futebol e churrasqueiras, afinal, brasileiro adora churrasco e futebol.
A parte mais alta do parque é uma grande planície sem árvores, ideal para quem gosta de empinar pipas. Venta bem.

Olha a alegria de uma criança. Elas precisam de espaço para brincar.
Outra parte legal é a área para piquenique, o Lago Central, com as casinhas dos macacos, o espaço de sobra correr, brincar com o cachorro, levar as crianças, que além de tudo costumam gostar muito das bandeiras que estão à volta do lago, homenageando os países do mundo. Afinal, o Brasil é uma nação amiga.

Ao lado do Lago Central as bandeiras das nações do mundo.
Estive lá e pude ver as pequenas casas de administrações regionais, e a grande casa de Administração Central. Tive boa impressão. Parece que o Parque do Carmo está bem cuidado, apesar do entorno, que era agrícola, passou a ter predominância industrial e hoje tenta se firmar como zona de moradia.

A antiga casa da fazenda virou a sede da administração do Parque do Carmo.
O Planetário do Parque do Carmo
E mais adiante, o visitante verá o Planetário do Parque do Carmo. Que está fechado para reforma. Algo que me incomoda pessoalmente. Já estive nesse Planetário e sei como é bem feito e bonito. E lamento que crianças e jovens, sobretudo os da região, não tenham acesso a lazer, informação e cultura.

O Planetário do Parque do Carmo.
Quando estive no Planetário do Parque do Carmo, o valor da entrada era baixo, acessível, excursões de escolas visitavam a atração, os monitores usavam relógios de sol para mostrar como ver as horas com precisão, orientando-se apenas pela luz do sol. Outras ferramentas complicadas mediam latitude e longitude, como era o caso do grande astrolábio na entrada do Planetário.
A Festa das Cerejeiras

O palco com os eventos culturais. O público estava muito atento.
Soube que no Japão existem mais de 300 tipos de cerejeiras. E no Parque do Carmo há o Bosque das Cerejeiras, com muitas árvores cuidadas por voluntários.
O plantio das cerejeiras faz parte das tradições japonesas. Muito comum em qualquer cidade do Japão, não importa o tamanho. As festividades duram a florada, em geral, três dias. As flores continuam se abrindo e crescendo por mais uns poucos dias. Mas é um show natural muito bonito.

Todas as cerejeiras em flor. Ainda dá tempo de ver.
E por falar em show, a comunidade japonesa da região, e a Federação de Sakura e Ipê do Brasil, é que organiza o evento anual, com a famosa comida japonesa que todo mundo gosta, ou deveria, danças folclóricas, roupas tradicionais, muitos tambores, chamados Taikôs e até demonstrações de artes marciais. E você também deve ver bonecas japonesas e pessoas fantasiadas, os cosplayers, ou apenas gente que gosta de uma festa japonesa e aproveita para usar roupas de personagens de animês e mangás, que são desenhos japoneses e histórias em quadrinhos, respectivamente.

Olha essas carinhas lindas. Esse não é bem um grupo de cosplayers, mas eles entraram no clima.

O Bosque das Cerejeiras está lá o ano todo, sendo cuidado por voluntários e pela Federação de Sakura e Ipê do Brasil.
Este ano o evento ocorreu nos dias 31/07, 01 e 02/08. Se você não pode ir à festa, corra até lá esta semana, as flores ainda vão estar desabrochando até o próximo final de semana, mas se você demorar, vai perder mais este espetáculo.

Danças Folclóricas. As pessoas da região são simples, mas também são sensíveis a cultura.
O Parque do Carmo estava mesmo cheio este final de semana. Tanto interesse demonstras a necessidade que o povo tem de lazer, mas também é prova de que gostamos de conhecer novas culturas, queremos experimentar a comida, ouvir boas histórias. As atrações de música e dança, por exemplo, estavam cheias de espectadores e o povo estava prestando muita atenção.

Pavilhão Japonês. Homenagem aos Imigrantes.
Como a Festa das Cerejeiras é muito bonita de se ver e a cultura japonesa atrai os visitantes, as avenidas em volta do Parque do Carmo estavam todas congestionadas. Tanto que desci com meu fiel (nem tanto) aprendiz de fotógrafo, o Henrique, quase dois quilômetros antes. Sim, preferi ir de ônibus temendo o trânsito. O congestionamento era tão grande, que andando alcançamos o ônibus da mesma linha que saiu antes do que pegamos. Ele devia estar parado há pelo menos meia hora.

O trânsito sufoca o Parque do Carmo. Se puder, evite.
Há muito lugar para estacionar dentro e fora do Parque do Carmo, mas se você puder, vá de bicicleta ou transporte público. Ou vá com calma, tranquilo, relaxe.

Esqueça o trânsito. Veja que bonita flor de cerejeira.
Dicas de Viagem
- Site da Prefeitura de São Paulo com informações do Parque do Carmo – http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/unid_de_conservacao/index.php?p=42141
Endereço – O Parque do Carmo tem três entradas:
- Av. Osvaldo Pucci, s/nº, – Itaquera
- Avenida Afonso de Sampaio e Sousa, 3261 – Itaquera
- Estrada da Fazenda do Carmo, 1000 – Parque do Carmo.
Transporte:
- Linha 4050 – Metrô Itaquera – Pq do Carmo -Terminal de ônibus do Metrô Itaquera
- Linha 4008 Terminal Carrão.
- Para saber mais sobre a Flor da Cerejeira – http://www.flordecerejeira.com.br/sakura.asp
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